Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

PERDER BEM por Filipe Nunes Vicente

16.10.22

Arrisco pouco, sou um cobarde.

Não sejas assim. Aquela catrefa de gente que arrisca meio ordenado nas raspadinhas é valente? A boa regra ( uma adaptaçãozita ateniense)  é temer o que se deve temer e não temer o que não se deve temer.

O homem que  salvou a Rússia de Napoleão, o Sereníssimo príncipe Kutuzov, também tinha essa fama. Recuou, esquivou-se, calculou. Foi  vilipendiado por Alexandre e por Wilson, o homem dos ingleses em S.Petesburgo, mas não desistiu. Pois, mas eu  gosto da desistência.

Desistir é um refrigério para alma. Ninguém nos pode apontar o dedo. Lançamo-nos com entusiasmo e a tal coragem de que falas. Começamos. A página tantas reavaliamos a situação. É um prazer virar as costas ao mundo. É até um dever, o mundo tem mais do que fazer.

Isto funciona muito bem nos amores e nas amizades (  menos bem em combate mas também se dá um jeito correndo depressa). Desistir - deixar de existir - é amável e compreensivo. Não envolve o outro, não o acusamos. E remata-se muito bem com aquela  deixa imorredoira: O problema não és tu, sou eu.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub